A Defunta Correa é uma figura religiosa argentina que atrai centenas de milhares de devotos, pela sua trágica história e por supostos milagres atribuídos a mesma.
O seu culto não está permitido pela Igreja Católica, assim como o culto do nosso Padre Cícero. Não é considerada como santa, nem a sua existência real está devidamente documentada.
Segundo a lenda, María Antonia Deolinda Correa era uma jovem mulher, na década de 1840, que decidiu seguir o seu marido quando este foi recrutado para combater na guerra civil argentina. Levando seu bebé recém-nascido nos braços, Deolinda Correa, após a partida de seu marido, tentou seguir o progresso do exército argentino durante algum tempo.
Quando atravessou a zona desértica em torno da província de San Juan, os mantimentos e água que levava se acabaram e desta forma, acabou por morrer de sede e exaustão.
Algum tempo depois, o seu corpo foi encontrado e, para espanto dos viajantes, o bebé estava ainda vivo, supostamente graças ao leite que o corpo da sua mãe continuou a produzir, mesmo depois da morte. O evento foi considerado o clímax da proteção de uma mãe para com seu filho e interpretado como milagre divino. O local onde foi encontrada morta foi assinalado com um pequeno altar.
O culto da Defunta Correa atrai muitos milhares de argentinos, em particular caminhoneiros e viajantes da estrada em geral. Em todas as estradas, a devoção da Defunta Correa está patente, onde se encontram pequenos santuários, mais ou menos elaborados, rodeados de oferendas como peças de carros e, especialmente, garrafas cheias de água pelas graças alcançadas.
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