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12 de setembro de 2013

A ver pelo caminho : Lagoa do Peixe


Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS)



A Grande Restinga do Rio Grande do Sul revela belezas e surpresas. As marés e os ventos mudam sem aviso, podendo pegar o homem de súbito. Mas onde a natureza domina, ela também se mostra mais esplendorosa. Lagoas salobras, dunas floridas e praias desertas recebem a visita de centenas de aves migratórias, que encontram ali um lugar de descanso e fartura para enfrentar suas longas viagens.

Criado em 1986 para proteger um dos mais importantes santuários de aves migratórias, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, com 34.357 hectares, preserva um importante ecossistema costeiro. Na região vivem algumas comunidades de pescadores, descendentes dos lusitanos, sobrevivendo da pesca artesanal do camarão no verão e da tainha no inverno.



LOCALIZAÇÃO
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe localiza-se no litoral do Rio Grande do Sul, entre o oceano e a Lagoa dos Patos, pertencendo aos municípios de Tavares, Mostardas e São José do Norte.
Para chegar até lá, a partir de Porto Alegre, pegue a RS-040 em direção a Viamão e, em seguida, para o litoral sul, em direção a Mostardas. Com mais 20km de estrada de terra chega-se aos limites do parque.

CLIMA
O clima da região é subtropical úmido, sem estação seca e com temperatura média anual de 16,5°C. O período de menos frio vai de setembro a março. O problema é que nessa época há muitos mosquitos na região.

ASPECTOS NATURAIS
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe está sobre uma extensa planície costeira arenosa, formada pelo vaivém das mares. Situado entre a grande Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, sua paisagem é composta por restinga, banhados, matas nativas, campos de dunas, lagunas e praias, criando uma grande biodiversidade.

A Lagoa do Peixe, paralela à praia e com 40km de extensão, é bastante rasa, atingindo, no máximo, 60cm de profundidade. Somente na barra de comunicação com o mar, a profundidade chega a 2m. Suas águas salobras, repletas de plânctons, crustáceos e peixes atraem centenas de aves. São 182 espécies, sendo 26 delas migratórias do hemisfério norte e 5 do sul. Do Chile e da Argentina, chegam os flamingos. Do norte vem o maçarico-de-peito-vermelho. O parque ainda possui mamíferos como a capivara e o tamanduá e um réptil ameaçado de extinção, o jacaré-de-papo-amarelo.

A vegetação está representada por espécies características de solos arenosos e com alto teor de salinidade, como a macela graúda, o brejo-da-praia e a espartina. Na restinga encontram-se algumas espécies de Mata Atlântica adaptadas., como figueiras rodeadas por orquídeas. Juncos e gramas-brancas crescem nos banhados.

ATRAÇÕES
O parque é ótimo lugar para a observação de aves, ideal para ser fotografado. Centenas delas se amontoam nas águas rasas as Lagoa do Peixe, que é um verdadeiro restaurante a céu aberto.

As praias desertas escondem preciosidades, como o Farol da Solidão e o Farol de Mostardas, construído em 1858.

Para quem gosta de se aventurar por cenários incríveis, a região é imperdível. Com um veículo 4x4, pode-se ir pela BR-101 até São José do Norte. A chamada "Estrada do Inferno" é completamente deserta, por isso vá bem equipado. Em setembro, centenas de margaridas cobrem as dunas deixando a paisagem ainda mais bela.

INFRA-ESTRUTURA
O parque não possui infra-estrutura. Mas em Mostardas e Tavares é possível encontrar guias do Ibama para visitas monitoradas. Essas duas cidades, que ficam a 25km e 5km do parque, respectivamente, oferecem hotéis, pousadas e restaurantes simples.

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