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15 de agosto de 2013

O que revisar antes da partida

Lista de verificações básicas que podem ser feitas pelos proprietários :

a)      folga no sistema de direção. Observe que os pneus dianteiros devem começar a mover-se com, no máximo, 6 cm de deslocamento do volante;
b)      folga do pedal de embreagem. Verifique o valor da folga no manual do proprietário. Normalmente não deve ser superior a 3 cm;
c)      freio de estacionamento. Teste o freio em um pequeno declive. Ele deve operar a meio de seu curso (pedal ou manual);
d)     pedal de freio. Normalmente o pedal não deve passar da metade de seu curso para atuar. Observe se há chiados nas rodas durante a operação dos freios;
e)      limpadores de pára-brisa. Verifique se as borrachas não estão gastas ou rasgando-se. Adicione sempre limpo-vidro à água do recipiente;
f)        radiador. Verifique sempre se as palhetas estão limpas, externamente desobstruídas e sem mossas;
g)      luzes. Certifique-se que as luzes de freio, faróis, de emergência, de marcha-a-ré, pisca-pisca, etc., estão funcionando. Acenda os faróis, o pisca alerta e engate a marcha a ré : observe as luzes traseiras e verifique se não há oscilações próprias de um mau aterramento;
h)      pneus. Faça um rodízio de pneus a cada 10.000km. Fique atento a desgastes excessivos ou desiguais nos pneus dianteiros. Faça alinhamento (quando observar maior desgaste no lado externo do pneu ou direção “puxando”)  e/ou balanceamento (“shimmy” ou trepidação observada no volante) sempre que isto ocorrer. Verifique se nenhuma roda perdeu algum peso (pequenas placas de chumbo) colocadas desde o último balanceamento;
i)        ventilador. Abra o capô e mexa no ventilador (cuidado se for de plástico) no sentido longitudinal. Observe se há alguma folga. Caso exista, atenção : possível problema futuro com a bomba d’água. Observe também se há vazamento de óleo no seu eixo central. Se houver, o acoplamento viscoso está por ser avariado;
j)        anti-congelante. Verifique se a água está limpa e livre de resíduos de ferrugem. Sempre utilize uma proporção de 50/50 na mistura água/anti-congelante;
k)      mangueiras. Observe sempre seus estados (quanto a ressecamento e rachaduras) e troque todas as mangueiras a cada dois anos;
l)        correias. Verifique constantemente seu estado. Observando rachaduras ou ressecamento, troque-as;
m)    óleo da direção hidráulica. Verifique constantemente o nível. Só complete o nível com o líquido indicado no manual do veículo;
n)      óleo motor e refrigeração do motor. Fique sempre atento a vazamentos, pequeno que seja. Se for no líquido de refrigeração, procure uma oficina imediatamente;
o)      bateria. Mantenha o nível da solução (nas baterias mais antigas). Observe se há corrosão nos terminais. Se houver, limpe com escova e água corrente;
p)      exaustão. Verifique o estado do sistema, estado das borrachas que fazem o suporte dos canos;
q)      óleos dos diferenciais e das caixas de transmissão e de transferência. Verifique os níveis e aspecto dos óleos. Use sempre o tipo de fluido recomendado no manual do fabricante. Evite excessos ao completar o nível;
r)       freios. Verifique sempre o estado das pastilhas e lonas. Observe se não há vazamento de óleo nas rodas. Troque o fluido dos freios a cada 30.000 km;
s)       Verifique se os tubos de aço dos freios sobre o eixo diferencial estão firmemente presos nas presilhas plásticas. Por segurança, passe uma cinta/abraçadeira de nylon para garantir que não saiam das presilhas. As presilhas garantem que os tubos se mantenham solidários ao eixo porque se soltarem acabam oscilando em demasia com a trepidação e partem nas junções. Também é bom levar um preguinho ou arrebite POP (não me lembro da medida, mas acho que 1/8”) para isolar um dos circuitos do freio, se ocorrer um problema nos freios.
t)       rolamentos das rodas. Levante cada roda e, segurando-a em cima e em baixo, tente mover o topo para dentro e para fora. Verifique se há folga. Se houver, leve o veículo à oficina para verificar o estado dos rolamentos e da suspensão. Gire a roda suspensa e observe se há ruídos. Lubrifique os rolamentos a cada 60.000km ou sempre que andar por estradas de areia;
u)      óleo motor e filtro de óleo. Siga os períodos de troca indicados pelo fabricante do veículo. Sempre troque o óleo e o filtro na mesma data;
Lembre-se :
-              a verificação do nível deve ser feito com o motor frio, desligado e com o carro na horizontal;
-              uma boa lubrificação evita o desgaste das partes móveis de seu motor e ajuda a dissipação do calor gerado pela queima do combustível;
-              um bom óleo serve também como condutor dos resíduos da queima do combustível, um tipo de borra que vai se formando e que é muito danosa ao motor;
-              se você costuma utilizar óleo mineral e decidir mudar para um sintético, faça a mudança gradualmente. Primeiro utilize um semi-sintético e só mais adiante troque pelo sintético. Antes da primeira troca faça um “flushing” (lavagem) no sistema utilizando produtos adequados para este fim. Após a mudança, fique atento a juntas e retentores pois podem ocorrer vazamentos;
-              não se deve fazer este tipo de mudança e “flushing” em motores muito rodados pois, ao final, o resultado pode ser o de uma pior lubrificação, fugas e avarias ao motor;
-              também não se deve mudar do óleo sintético para óleo mineral pois estes, normalmente, são mais finos que os minerais e a troca pode provocar fugas nos pistões do motor do motor;
-              a classificação (quanto à qualidade) mais comum dos óleos é feita pela API (American Petroleum Institute). A letra “S” indica uso em motores a gasolina e a letra “C” em motores a diesel.
-              a SAE (Society  of Automotive Engineers) classifica os óleos segundo padrões de viscosidade (característica do fluido ou capacidade de fluir). Um óleo em baixa temperatura tende a ser muito viscoso (flui pouco); quando aquecido diminui sua viscosidade e flui mais. Um bom óleo precisar ter boa fluidez quando frio e não ser excessivamente fluido quando quente. Devido a este compromisso em seu desempenho é que foram produzidos os óleo multi-viscosos;
-              a viscosidade é a característica mais importante de um óleo. Por isto, procure fazer a escolha certa ! Observe que a faixa de operação dos óleos multi-viscosos são função da temperatura ambiente onde o motor irá trabalhar. No caso do Brasil, onde as temperaturas médias  ambientes  variam de 40ºC a 10ºC, os multi-viscosos mais indicados são os das faixas 15W50, 15W40, 20W50 e 20W40. Nos monos-viscosos, procure usar os SAE30 ou SAE40;
-              não se deve adicionar qualquer tipo de aditivo ao óleo do motor, por maior ou melhor que seja a propaganda do fabricante do aditivo. Prefira sempre utilizar um óleo de melhor qualidade.

v)      filtros de combustível e de ar. Siga as recomendações do fabricante do veículo. Antecipe a troca do filtro de ar se andar por estradas com muita poeira;

Além disto :

a)       Limpar o pré filtro de combustível (água no óleo) antes da viagem.
b)      Troque a bateria por uma com mais capacidade para garantir as partidas a serem realizadas no frio. Levar a bateria retirada como bateria reserva. A partir da subida dos Andes, manter a mais poderosa conectada.
d)     Comparar 2 filtros de ar e 2 filtros de óleo. Trocar o de ar antes do início da viagem e o outro se necessário no percurso. O filtro de óleo trocar na primeira mudança de óleo.
e)      Lubrificar rolamentos uns 30 dias antes e aplicar no rush (óleo especial) por baixo no chassi.
f)       Colar contact nas partes laterais e frontais do carro que poderão sofrer com pedras nas estradas de ripio.    


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