Lista de verificações básicas que podem ser feitas pelos
proprietários :
a) folga
no sistema de direção. Observe que os pneus dianteiros devem começar a mover-se
com, no máximo, 6 cm
de deslocamento do volante;
b) folga
do pedal de embreagem. Verifique o valor da folga no manual do proprietário.
Normalmente não deve ser superior a 3 cm ;
c) freio
de estacionamento. Teste o freio em um pequeno declive. Ele deve operar a meio
de seu curso (pedal ou manual);
d) pedal
de freio. Normalmente o pedal não deve passar da metade de seu curso para
atuar. Observe se há chiados nas rodas durante a operação dos freios;
e) limpadores
de pára-brisa. Verifique se as borrachas não estão gastas ou rasgando-se.
Adicione sempre limpo-vidro à água do recipiente;
f) radiador. Verifique sempre se as palhetas
estão limpas, externamente desobstruídas e sem mossas;
g) luzes.
Certifique-se que as luzes de freio, faróis, de emergência, de marcha-a-ré,
pisca-pisca, etc., estão funcionando. Acenda os faróis, o pisca alerta e engate
a marcha a ré : observe as luzes traseiras e verifique se não há oscilações
próprias de um mau aterramento;
h) pneus.
Faça um rodízio de pneus a cada 10.000km. Fique atento a desgastes excessivos
ou desiguais nos pneus dianteiros. Faça alinhamento (quando observar maior
desgaste no lado externo do pneu ou direção “puxando”) e/ou balanceamento (“shimmy” ou trepidação
observada no volante) sempre que isto ocorrer. Verifique se nenhuma roda perdeu
algum peso (pequenas placas de chumbo) colocadas desde o último balanceamento;
i)
ventilador. Abra o capô e mexa no ventilador (cuidado
se for de plástico) no sentido longitudinal. Observe se há alguma folga. Caso exista,
atenção : possível problema futuro com a bomba d’água. Observe também se há
vazamento de óleo no seu eixo central. Se houver, o acoplamento viscoso está
por ser avariado;
j)
anti-congelante. Verifique se a água está limpa e livre
de resíduos de ferrugem. Sempre utilize uma proporção de 50/50 na mistura
água/anti-congelante;
k) mangueiras.
Observe sempre seus estados (quanto a ressecamento e rachaduras) e troque todas
as mangueiras a cada dois anos;
l)
correias. Verifique constantemente seu estado.
Observando rachaduras ou ressecamento, troque-as;
m) óleo
da direção hidráulica. Verifique constantemente o nível. Só complete o nível
com o líquido indicado no manual do veículo;
n) óleo
motor e refrigeração do motor. Fique sempre atento a vazamentos, pequeno que
seja. Se for no líquido de refrigeração, procure uma oficina imediatamente;
o) bateria.
Mantenha o nível da solução (nas baterias mais antigas). Observe se há corrosão
nos terminais. Se houver, limpe com escova e água corrente;
p) exaustão.
Verifique o estado do sistema, estado das borrachas que fazem o suporte dos
canos;
q) óleos
dos diferenciais e das caixas de transmissão e de transferência. Verifique os
níveis e aspecto dos óleos. Use sempre o tipo de fluido recomendado no manual
do fabricante. Evite excessos ao completar o nível;
r) freios.
Verifique sempre o estado das pastilhas e lonas. Observe se não há vazamento de
óleo nas rodas. Troque o fluido dos freios a cada 30.000 km ;
s) Verifique
se os tubos de aço dos freios sobre o eixo diferencial estão firmemente presos
nas presilhas plásticas. Por segurança, passe uma cinta/abraçadeira de nylon
para garantir que não saiam das presilhas. As presilhas garantem que os tubos
se mantenham solidários ao eixo porque se soltarem acabam oscilando em demasia
com a trepidação e partem nas junções. Também é bom levar um preguinho ou
arrebite POP (não me lembro da medida, mas acho que 1/8”) para isolar um dos
circuitos do freio, se ocorrer um problema nos freios.
t) rolamentos
das rodas. Levante cada roda e, segurando-a em cima e em baixo, tente mover o
topo para dentro e para fora. Verifique se há folga. Se houver, leve o veículo
à oficina para verificar o estado dos rolamentos e da suspensão. Gire a roda
suspensa e observe se há ruídos. Lubrifique os rolamentos a cada 60.000km ou
sempre que andar por estradas de areia;
u) óleo
motor e filtro de óleo. Siga os períodos de troca indicados pelo fabricante do
veículo. Sempre troque o óleo e o filtro na mesma data;
Lembre-se :
-
a verificação do nível deve ser feito com o motor frio,
desligado e com o carro na horizontal;
-
uma boa lubrificação evita o desgaste das partes móveis
de seu motor e ajuda a dissipação do calor gerado pela queima do combustível;
-
um bom óleo serve também como condutor dos resíduos da
queima do combustível, um tipo de borra que vai se formando e que é muito
danosa ao motor;
-
se você costuma utilizar óleo mineral e decidir mudar
para um sintético, faça a mudança gradualmente. Primeiro utilize um
semi-sintético e só mais adiante troque pelo sintético. Antes da primeira troca
faça um “flushing” (lavagem) no sistema utilizando produtos adequados para este
fim. Após a mudança, fique atento a juntas e retentores pois podem ocorrer
vazamentos;
-
não se deve fazer este tipo de mudança e “flushing” em
motores muito rodados pois, ao final, o resultado pode ser o de uma pior
lubrificação, fugas e avarias ao motor;
-
também não se deve mudar do óleo sintético para óleo
mineral pois estes, normalmente, são mais finos que os minerais e a troca pode
provocar fugas nos pistões do motor do motor;
-
a classificação (quanto à qualidade) mais comum dos
óleos é feita pela API (American Petroleum Institute). A letra “S” indica uso
em motores a gasolina e a letra “C” em motores a diesel.
- a SAE (Society
of Automotive Engineers) classifica os óleos segundo padrões de
viscosidade (característica do fluido ou capacidade de fluir). Um óleo em baixa
temperatura tende a ser muito viscoso (flui pouco); quando aquecido diminui sua
viscosidade e flui mais. Um bom óleo precisar ter boa fluidez quando frio e não
ser excessivamente fluido quando quente. Devido a este compromisso em seu desempenho
é que foram produzidos os óleo multi-viscosos;
-
a viscosidade é a característica mais importante de um
óleo. Por isto, procure fazer a escolha certa ! Observe que a faixa de operação
dos óleos multi-viscosos são função da temperatura ambiente onde o motor irá
trabalhar. No caso do Brasil, onde as temperaturas médias ambientes
variam de 40ºC a 10ºC, os multi-viscosos mais indicados são os das
faixas 15W50, 15W40, 20W50 e 20W40. Nos monos-viscosos, procure usar os SAE30
ou SAE40;
-
não se deve adicionar qualquer tipo de aditivo ao óleo
do motor, por maior ou melhor que seja a propaganda do fabricante do aditivo.
Prefira sempre utilizar um óleo de melhor qualidade.
v) filtros
de combustível e de ar. Siga as recomendações do fabricante do veículo.
Antecipe a troca do filtro de ar se andar por estradas com muita poeira;
Além disto :
a) Limpar o pré filtro de combustível (água no óleo) antes da viagem.
b)
Troque a bateria por uma com mais capacidade para garantir as
partidas a serem realizadas no frio. Levar a bateria retirada como bateria
reserva. A partir da subida dos Andes, manter a mais poderosa
conectada.
d)
Comparar 2 filtros de ar e 2 filtros de óleo. Trocar o de ar antes
do início da viagem e o outro se necessário no percurso. O filtro de óleo
trocar na primeira mudança de óleo.
e)
Lubrificar rolamentos uns 30 dias antes e aplicar no rush (óleo
especial) por baixo no chassi.
f) Colar contact nas partes laterais e frontais do carro que poderão sofrer com pedras nas estradas de ripio.
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