Em qualquer tipo de viagem, haverá sempre a possibilidade de nos envolvermos em uma situação tal que seja necessário rebocar alguém ou ser rebocado. Para isto, é interessante conhecermos alguns detalhes de como isto pode e deve ser feito com maior segurança.
Antes de iniciar qualquer faina
de reboque ou puxada de outro veículo, lembre-se que esta é uma operação sempre
perigosa e de grandes riscos (uma cinta pode ser esticada até 1 m e, nestas circunstâncias
tornar-se um perigoso estilingue/aríete).
Mantenha sempre o menor número de
pessoas possível próximo ao local da
faina. Evite surpresas e acidentes desagradáveis!
Uma cinta padrão, de nylon, de 9 m de comprimento e 7,5 cm de largura pode
suportar até 9 ton. Mantenha estas cintas em perfeito estado de conservação pois um
corte de 1 cm
ao longo da largura irá reduzir sua capacidade de puxar de cerca de 50% !
A primeira preocupação ao
preparar-se para puxar ou ser puxado é a de escolher um ponto adequado e que
suporte os altos esforços envolvidos na operação. Não invente !! Evite eixos,
barras, qualquer ponto ou parte que se mova ou que esteja fixo ao chassis por
meio de borracha (juntas, anéis, arruelas, etc.).
Em situações mais
complicadas, o guincho pode ser
auxiliado por uma patesca.
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Como regra básica, só use pontos
que tenham sido instalados (na fábrica) para isso e que estejam disponíveis e
fixos ao chassis do veículo. Mesmo assim, lembre-se que tais pontos só suportam
pequenos esforços. Se a operação de puxar outro veículo for complicada,
indicando que esforços mecânicos muito grandes estarão presentes, será sempre
melhor escolher um ponto mais resistente.
Lembre-se que pára-choque foi
feito para amortecer impactos e, eventualmente, empurrar e nunca para puxar! Bolas para reboque de trailers também
não foram feitas para fainas pesadas de reboque.
Podendo evitar, não use manilhas na fixação de uma cinta ao veículo.
Alguns dispositivos especiais,
utilizados para reboque de trailers podem ser utilizados como ponto de
ancoragem. O próprio orifício onde é fixado o dispositivo pode ser usado como
ponto de ancoragem. Veja as figuras abaixo.
Observe a proteção ao cabo Sempre
que possível evite a colocação de
manilhas
Veja que a cinta
não deve ser utilizada diretamente sobre o “tow-bar”
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Observe a proteção (mangueira
reforçada) que foi colocada no cabo usado para o reboque. Em algumas situações,
pode proteger o cabo contra cortes provocados por peças afiadas sob o veículo.
Lembre-se também que as manilhas a serem usadas devem suportar um mínimo de 3,5
tons.
Uma peça de corrente com cerca de
1 metro
de comprimento deve estar disponível para a operação. Observe abaixo as
maneiras errada (primeira imagem) e a correta (segunda imagem) de se fazer as ligações
veículo-corrente-cabo.
(errado!! – esforço aplicado sobre o gancho)
(correto : esforço sobre a corrente)
Quando utilizar cintas, certifique-se de a distancia
entre os veículos seja segura. Use um cobertor ou algo similar colocado ao meio
da cinta para funcionar como um “pára-quedas” no caso de algum ponto do
conjunto se partir.
Se tiver que unir duas cintas, NÃO utilize qualquer um dos
métodos abaixo:
(após os esforços haverá um nó cego !)
(perigo !!! : se uma cinta partir ….)
Se houver necessidade de um
reboque por distancias maiores, o motorista do veículo rebocado é o responsável
por manter (por meio de pequenas e breves freadas) o cabo / cinta de reboque sempre sob tensão,
evitando trancos sobre o dispositivo. Especial atenção deve ser dado durante as
curvas, ocasião em que a comunicação entre os dois motoristas é de vital
importância para coordenar os movimentos e velocidades na manobra.
O uso de rádio entre os dois veículos
é altamente recomendável durante a faina e no deslocamento posterior.
Por fim, é bom lembrar que, no asfalto, somente “tow-bar”
devem ser utilizados em fainas de reboque e as luzes de emergência de ambos os veículos devem permanecer acesas.
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